Roberto César é ouro na matemática

Na Ilha do Governador, um nome tem se destacado no cenário educacional: Roberto César Peregrina, professor de matemática de 36 anos. Com 12 anos de atuação, o professor é reconhecido por sua dedicação no ensino da disciplina. 

Formado em Engenharia, Roberto foi militar da Marinha do Brasil e integrou o Batalhão Paissandu, do Corpo de Fuzileiros Navais. Entretanto, graças ao seu interesse pela matemática, deixou o meio militar para ingressar no universo acadêmico. Nele, Roberto se debruçou no projeto de estimular os seus alunos a participarem de competições de matemática e desenvolveu um método próprio para estimular o interesse dos alunos na disciplina. 

Roberto ensina matemática tanto na rede municipal de ensino quanto na estadual. Atualmente, dá aulas na Escola Municipal Amadeu Rocha, no Ciep João Mangabeira, e nos Colégios Estaduais Mendes de Moraes, Tia Lavôr e Anita Garibaldi. Ao longo de sua carreira, o professor tem sido o nome por trás de diversos alunos que se sagraram medalhistas em Olimpíadas de Matemática. 

— Minha vida como professor se tornou melhor, porque eu passei a desafiar os alunos e compreendi que eu também evoluía conforme era desafiado — explica, completando em seguida — as olimpíadas me apresentaram uma maneira diferente de ter a matemática de forma significativa. 

Entretanto, o sucesso não fica somente para os alunos. Recentemente, Roberto participou da Olimpíada Brasileira dos Professores de Matemática e, competindo com educadores de todo o país, conquistou a medalha de Ouro. Para o professor, essa conquista não é apenas um reconhecimento pessoal, mas também uma oportunidade de inspirar seus colegas e alunos.  

— Essa premiação eu sinto que é importante para a região porque ela vai ter um professor que atua para uma quantidade significativa de alunos das redes municipal e estadual. Com isso, as pessoas poderão olhar e ver que as olimpíadas realmente valem a pena — afirma. 

Além da conquista da medalha, Roberto também foi premiado com uma viagem de 15 dias para Shanghai, na China, onde vai visitar o Centro de Formação da Unesco e conhecer técnicas de ensino no país que é referência mundial na matemática. 

— Eu costumo falar para todos os meus alunos que as Olimpíadas de Matemática vão muito além da medalha, pois elas abrem portas e dão muitas oportunidades na vida de quem participa. Quanto mais os alunos conhecerem as olimpíadas, mais eles vão perceber que desafiar a si é uma maneira de se superar — finaliza.